quinta-feira, 19 de abril de 2012

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Por causa de Bauru, estado não conseguirá cumprir meta de redução de queima da cana-de-açúcar


Mapa de São Paulo representando a colheita de cana-de-açúcar em 2011. Os pontos azuis são colheita com queima, e os verdes, sem queimadas

O Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) lançou uma nova ferramenta para analisar se a produção agrícola está seguindo um caminho sustentável: um sistema de monitoramento da colheita da cana-de-açúcar em São Paulo usando imagens de satélites.

O sistema vai monitorar se os municípios paulistas estão cumprindo as metas para reduzir a queima de cana-de-açúcar na colheita. Segundo lei estadual, os municípios têm até 2021 para parar de usar a queima na produção, mas um protocolo assinado com os produtores, chamado “Etanol Verde”, adianta esse prazo para 2014.

Segundo o estudo dos pesquisadores do Inpe, o Estado conseguirá cumprir a meta por volta de 2016 – antes do prazo final de 2021, mas depois do prazo do protocolo “Etanol Verde”. Os piores municípios estão na região de Bauru, única região administrativa que não conseguiu cumprir a meta parcial, de pelo menos 50% de colheita sem queima até o momento. Os municípios que mais avançaram foram os da região de Barretos.

A queima era um procedimento comum na produção de cana, mas com o crescimento e expansão das lavouras, a prática da queima se tornou insustentável: lançar gases poluentes na atmosfera coloca em risco a saúde da população local, que fica exposta a severas doenças respiratórias, e ainda contribem para o aumento dos gases de efeito estufa na atmosfera, que provocam as mudanças climáticas.

Confira a porcentagem da colheita de cana-de-açúcar sem uso de queimadas (2010-2011), por regiões administrativas:
Barretos: 63,9%
Central: 60,1%
Araçatuba: 58,3%
São José do Rio Preto: 57,7%
Ribeirão Preto: 57,6%
Franca: 54,4%
Marília: 54,1%
Campinas: 53%
Sorocaba: 52%
Presidente Prudente: 50,2%
Bauru: 47,5%

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